Ó meu Menino Jesus

Ó meu Menino Jesus
Descalcinho pelo chão
Metei os vossos pezinhos
Dentro do meu coração.

Há três dias que não janto

Há três dias que não janto
Há quatro que não almoço
Com lembranças do meu bem
Quero comer e não posso.

Por cima se ceifa o trigo

Por cima se ceifa o trigo
Por baixo fica o joio
Quem namora sempre alcança
Uma piscadela de olho.

Havemos de ser felizes

Havemos de ser felizes
Vai ser uma brincadeira;
Havemos de viver juntos
A nossa vida inteira.

As estrelas, quando nascem

As estrelas, quando nascem
É sempre mais lindo o céu;
Assim se torna meu rosto
Quando se encosta ao teu.

Como este amor, não existe

Como este amor, não existe
Nem sequer pode existir;
Olha bem para o que digo
Para ti estou a sorrir.

Nunca pensei que houvesse

Nunca pensei que houvesse
Mesmo aqui neste lugar
Um rapaz tão amoroso
Com quem eu hei-de casar.

Hoje eu vinha-te dizer

Hoje eu vinha-te dizer
Que o nosso amor acabou
Ao chegar perto de ti
Percebi que ele aumentou.

Eu sempre te procurei

Eu sempre te procurei
Bem de longe te segui
Agora que te encontrei
Nos teus braços me perdi.

Há muito quem saiba ler

Há muito quem saiba ler
Pouco quem saiba notar;
Há muito quem tenha amor
Pouco quem saiba amar.

Não sei bem o que faria

Não sei bem o que faria
Se um dia te encontrasse;
Talvez de tanta alegria
Em vez de me rir chorasse.

Queria mandar-te uma carta

Queria mandar-te uma carta
Por uma pomba branca e leve;
Duas frases amorosas
Nas suas asas de neve.

Secam as lenhas nos montes

Secam as lenhas nos montes
Secam as fontes e o mar
Largam as árvores os frutos
Quando o nosso amor acabar.

Tu estás cheio de luz

Tu estás cheio de luz
Por uma luz que quer ver
Os teus braços são a cruz
Aonde eu hei-de morrer.

Teu nome são nove letras

Teu nome são nove letras
Que me fazem adormecer
A maior pena que tenho
É de não as saber ler.

A pedra do mar é fina

A pedra do mar é fina
Teu nome mandei gravar
Com letras de oiro dizia
Que nasci para te amar.

Escrevi teu nome na água

Escrevi teu nome na água
Coisa que não se podia
Mas o teu nome é tão lindo
Que até na água se via.

Tenho o destino marcado

Tenho o destino marcado
Desde o dia em que te vi
Posso estar em qualquer lado
Mas sempre pensando em ti.

Eu sempre gostei de ti

Eu sempre gostei de ti
E sempre hei-de gostar
Até parece que nasci
Com destino de te amar.

Para dizer a verdade

Para dizer a verdade
Tudo que sou vem de ti
Toda esta felicidade
Começou quando te vi.

É triste falar assim

É triste falar assim
É triste que assim seja
Pois seria mais feliz
Se fosses comigo à igreja.

Não sei quando chega o dia

Não sei quando chega o dia
Que o meu coração deseja
Para te levar comigo
Com alegria à igreja.

Assim passo a vida triste

Assim passo a vida triste
Enquanto por aqui andar
Por te ver de mim ausente
Sem eu te poder falar.

Neguei-lhe um beijo e fugi

Neguei-lhe um beijo e fugi
E as cartas dele queimei;
Finda a fogueira, tremi
E as cinzas eu beijei.

Não me peças que te conte

Não me peças que te conte
A causa da minha mágoa;
Quem passa bebe da fonte
E deixa correr a água.

Com um sorriso te amo

Com um sorriso te amo
Com um olhar te encontrei
Com uma lágrima te deixo
Mas nunca te esquecerei.

Neste lenço deposito

Neste lenço deposito
Lágrimas de tanto choro
Por não ver todos os dias
A quem amo e tanto adoro.

Sinto meus braços vazios

Sinto meus braços vazios
E sinto que vou chorar;
Sinto meus lábios tão frios
Sem os teus para beijar.

Quando vires um dia triste

Quando vires um dia triste
Quase a querer chover
É porque são os meus olhos
A chorar por te não ver.

Ando triste como a noite

Ando triste como a noite
Não tem fim a minha dor
Não sei porque hei-de chorar
Por quem não me tem amor.

Eu só estou bem a teu lado

Eu só estou bem a teu lado
Se ao pé de ti não sair
Nos dias que te não vejo
De noite não posso dormir.

Já que te falei de sonho

Já que te falei de sonho
Meu sonho te vou contar
Sonho que ainda um dia
Contigo hei-de casar.

Minha cama é a figueira

Minha cama é a figueira
Meu travesseiro é um figo
O meu dormir é de lado
O meu sonhar é contigo.

Uma noite em que sonhava

Uma noite em que sonhava
Sobressaltada acordei
Ao ver que não te encontrava
O resto da noite chorei.

"O que te aquece o coração"?

Este selo foi-me oferecido pela Helô, do blog miminhosrecebidosedados.blogspot.com
Obrigada, querida amiga.

Há umas regras a cumprir. As regras são:

Responder a pergunta abaixo e indicar 5 blogs.

Pergunta: O que te aquece o coração?

Resposta: Saber que há alguém que se sente bem na minha companhia, ainda que seja apenas uma companhia virtual...

Agora vem o mais difícil: escolher 5 blogs. Aqui vão, sem ordem de preferência:

Do Miguel: umsimplescadernito.blogspot.com

Da Teresa: teresa-desabafos.blogspot.com

Do Nilson: nimbypolis.blogspot.com

Da Helô: instantesprasempre.blogspot.com

Do Gil: nos-as-palavras.blogspot.com

Se me fosse possível escolheria mais, mas as regras são assim. Confesso que não me sinto muito à vontade com estas coisas, mas como aceitei a oferta do selo acho que devo cumprir as regras. E já está.

Laranjeira pequenina

Laranjeira pequenina
Cheia de flor e botões
Também eu sou pequenina
Cheia de amor e paixões.

Toma lá que eu te dou

Toma lá, que eu te dou
Este raminho de goivos
Este ano namoramos
Pró ano seremos noivos.

Ofereceste-me uma rosa

Ofereceste-me uma rosa
Que eu cheirei com respeito
Querias dar-me um beijo
Não me apanhaste a jeito.

O trevo que te roubei

O trevo que te roubei
Não me deu sorte de jeito
A sorte que o trevo tinha
Era encostar-te ao meu peito.

Deitei o limão correndo

Deitei o limão correndo
À tua porta parou
Se o limão te quer bem
Muito mais quem o mandou.

Deitei um cravo ao poço

Deitei um cravo ao poço
No fundo ganhou raiz
Disseste que me não querias
Mas fui eu que te não quis.

Sempre que bailo contigo

Sempre que bailo contigo
Sinto a alma em dois pedaços
Em penitência a teus pés
Em pecado em teus braços.

Dança, meu alecrim verde

Dança, meu alecrim verde
Mas não percas a chinela
Quando a chinela se perde
Vai logo o pé atrás dela.

Amor, se queres ser meu

Amor, se queres ser meu
Tens de andar em segurança
Tens de andar tão direitinho
Como o ouro na balança.

Falam de ti, meu amor

Falam de ti, meu amor
Mas quero-te mesmo assim
Quanto mais calcado for
Mais cheira o alecrim.

Alfinetes são ciúmes

Alfinetes são ciúmes
E agulhas são vaidades
Amores fora da terra
São dobrados em saudades.

HOJE OFEREÇO TAMBÉM BOLO!

Café que se preze tem de ter bolo, e a amiga Helô fez-me este lindo bolo de anos!
Obrigada, amiga, beijo grande

Meu amor, não desconfies

Meu amor, não desconfies
De eu para ti não olhar
Isto são lembranças minhas
Para o povo não falar.

O teu cabelo ao vento

O teu cabelo ao vento
É revolta tempestade
Dá-me lá o teu amor
Nem que seja só metade.

Diz-me lá por que razão

Diz-me lá por que razão
Não falas ao teu amor
Tendo tu obrigação
De falar seja a quem for.

O meu amor me deixou

O meu amor me deixou
Por eu ter as calças rotas
É porque ele não sabia
Que eu em casa tenho outras.

Amor, tu estás tão longe

Amor, tu estás tão longe
Não te posso ir falar
Dentro do meu peito sinto
Meu coração a chorar.

Meu amor está ausente

Meu amor está ausente
Nas terras de além-mar
Quem mo dera aqui presente
Para com ele falar.

Não há sol como em Maio

Não há sol como em Maio
Luar como em Janeiro
Não há rosa sem roseira
Nem amor como o primeiro.

O amor é uma albarda

O amor é uma albarda
Que se põe a quem quer bem
Eu pra não ser albardado
Não tenho amor a ninguém.

Gostaria de ser lágrima

Gostaria de ser lágrima
Pra nos teus olhos nascer
Deslizar na tua face
E aos teus lábios ir morrer.

Ó Lua que vais tão alto

Ó Lua que vais tão alto
Alumia cá pra baixo
Tenho o meu amor à espera
Às escuras não o acho.

Se queres saber quem sou

Se queres saber quem sou
À Lua vai perguntar
O meu pai é uma estrela
E minha mãe o luar.

Se me persegues de dia

Se me persegues de dia
E de noite tu me deixas
Não digas que é fantasia
A razão das minhas queixas.

Se eu ficar solteirinha

Se eu ficar solteirinha
Não me devem censurar
Há muitas uvas na vinha
Que ficam por amadurar.

Se te amo tenho guerra

Se te amo tenho guerra
Se te deixo tenho dor
Tenha a guerra que tiver
Deixar-te não, meu amor.

Se as saudades matassem

Se as saudades matassem
Eu já tinha falecido
Elas não matam mas moem
Fazem perder o sentido.

Se num momento eu me visse

Se num momento eu me visse
Sozinha, perto de ti
Dir-te-ia ao ouvido:
Meu amor, morro por ti.

Se eu tivesse que dar, dava

Se eu tivesse que dar, dava
Não tenho que dar, aceito
Aceito penas e amarguras
E as saudades do teu peito.

Se eu entrasse no teu peito

Se eu entrasse no teu peito
Via o teu interior
Mas mesmo sem lá entrar
Eu sei que me tens amor.

Se eu fosse uma andorinha

Se eu fosse uma andorinha
Voaria aonde estás
Para fazer o meu ninho
E aí viver em paz.

Se eu soubesse que voando

Se eu soubesse que, voando
Alcançava o que desejo
Mandava fazer umas asas
Das penas em que me vejo.

Se eu soubesse o teu querer

Se eu soubesse o teu querer
Que não tinha fingimento
Dava-te o meu coração
Dentro de bem pouco tempo.

A folha da oliveira

A folha da oliveira
Quando vai ao lume estala
Assim é o meu coração
Quando para o teu fala.

Mais vale amar uma pedra

Mais vale amar uma pedra
Do que amar teu coração
Uma pedra não se queixa
Tu queixas-te sem razão.

Teu coração é de prata

Teu coração é de prata
A tua boca, risonha
Tanto que gosto de ti
Que não vejo onde te ponha.

Se o meu coração falasse

Se o meu coração falasse
Sabias quem te quer bem
Mas assim, como não fala,
Não o saberá ninguém.

Amor, se queres, façamos

Amor, se queres, façamos
Uma troca de lição
É trocar alma com alma
Coração com coração.

Meu coração anda triste

Meu coração anda triste
Por há tanto te não ver
Se não te vejo em breve
Sou capaz de enlouquecer.

O meu coração, batendo

O meu coração, batendo
Não está em bom estado
Mas se um dia te esquecer
É por ele estar parado.

Meu coração é de vidro

Meu coração é de vidro
É de vidro, na tua mão
Se te queres vingar dele
Deixa-o cair ao chão.

O meu coração é teu

O meu coração é teu
Se o queres matar, podes
Olha que andas dentro dele
Se o matares também morres.

O meu coração voando

O meu coração voando
Dentro do teu foi cair
Ficou co’as asas quebradas
Não pode de lá sair.

Todo o dia e toda a noite

Todo o dia e toda a noite
No rochedo bate o mar
Meu coração por ti bate
Noite e dia, sem parar.

O coração de uma pomba

O coração de uma pomba
O calor da Primavera
Quem me dera adivinhar
Teu pensamento quem era.

O musgo nasce na pedra

O musgo nasce na pedra
A pedra nasce no chão
O beijo nasce na boca
O amor no coração.

Quero ouvir teu coração

Quero ouvir teu coração
A dizer ao meu que sim
Se beijas a minha boca
É porque gostas de mim.

Chamaste à minha boca

Chamaste à minha boca
Prisão dos envergonhados
Agora eu chamo à tua
A caixa dos meus pecados.

Chamaste à minha boca

Chamaste à minha boca
Gaiola dos passarinhos
Agora eu chamo à tua
A caixa dos meus beijinhos.

A perdiz anda no monte

A perdiz anda no monte
Depenicando seixinhos
Eu também depenicava
Da tua boca beijinhos.

Meu amor, se vires cair

Meu amor, se vires cair
Folhas verdes na varanda
Apanha, que são beijinhos
Que a tua querida manda.

Amor se paga com amor

Amor se paga com amor
Como diz ditado antigo
Meu beijinho é um favor
Acerta as contas comigo.

Amor com amor se paga

Amor com amor se paga
Foge, amor, se estás devendo
Olha que Deus não perdoa
A quem não paga podendo.

Meu amor, se vires cair

Meu amor, se vires cair
Folhas verdes na varanda
Apanha, que são beijinhos
Que a tua querida manda.

Beijo na testa é respeito

Beijo na testa é respeito
Beijo na face é carinho
E no nariz é desejo
De descer mais um pouquinho.

Os passarinhos quando nascem

Os passarinhos quando nascem
Começam logo aos beijinhos
Assim são os namorados
Quando se encontram sozinhos.

Um beijo dado na face

Um beijo dado na face
Pode até cair ao chão
Mas se é dado na boca
Cai logo no coração.

Dizem que o beijo é pecado

Dizem que o beijo é pecado
Ó meu amor, e se fosse?
Seria Deus o culpado
De o ter feito tão doce.

Não existe de mais lindo

Não existe de mais lindo
Nada mais encantador
Do que os teus lábios sorrindo
Depois de um beijo de amor.

Eu beijei-te primeiro

Eu beijei-te primeiro
Tu beijaste-me depois
Tu beijaste, eu beijei-te
Empatamos os dois.

Toda a gente sabe amar

Toda a gente sabe amar
Olha, amor, o que te peço
É amor a toda a hora
Um beijinho no começo.

A flor da amendoeira

A flor da amendoeira
É a primeira do ano
Teus olhos acastanhados
São os primeiros que amo.

Embora meus olhos sejam

Embora meus olhos sejam
Os mais pequenos do mundo
Deus queira que se pareçam
Com o meu amor profundo.

Lembra-me esses teus olhos

Lembra-me esses teus olhos
Essas faces arrojadas
E essa boca tão linda
Que me diz meigas palavras.

Olhos pretos, olhos pretos

Olhos pretos, olhos pretos
Brilhantes e encantadores
Eu amo dois olhos pretos
Que parecem duas flores.

Os olhos do meu amor

Os olhos do meu amor
São duas rolinhas pretas
Apanhadas ao luar
Num jardim de violetas.

Os olhos azuis e verdes

Os olhos azuis e verdes
São os olhos da traição
Os olhos acastanhados
Trago-os no coração.

Teus olhos são o meu rosto

Teus olhos são o meu rosto
Teus braços o meu carinho
Teu amor a minha sorte
Teu coração meu caminho.

Os olhos, que lindos são

Os olhos, que lindos são
O seu alimento é ver
Dos olhos nasce a afeição
Da afeição o bem-querer.

Os teus olhos, meu amor

Os teus olhos, meu amor
Meiguinhos me mostram ser
Serei sempre tua amada
Tua querida até morrer.

Os teus olhos são fogueiras

Os teus olhos são fogueiras
Onde os meus querem bailar
Hei-de cansar os meus olhos
À volta do teu olhar.

O coração e os olhos

O coração e os olhos
São dois amigos leais
Se o coração está triste
Logo os olhos dão sinais.

A rosa nasce da silva

A rosa nasce da silva
A silva nasce do chão
O amor vê-se nos olhos
E nasce no coração.

Um jardim é o teu leito

Um jardim é o teu leito
De açucena a almofada
Os lençóis são rosas brancas
E tu a rosa deitada.